quarta-feira, 30 de novembro de 2011



REGIONAL RIO GRANDE DO SUL
"VIII Seminário da IX Regional da ANAPAR – Rio Grande do Sul





MOÇÃO DE APOIO PELA ÁGUA PUBLICA




Nós, participantes de Fundos de Pensão, presentes ao VIII Seminário de Participantes de Fundo de Pensão, realizado pela Regional Rio Grande do Sul da ANAPAR, somos conhecedores e preocupados com o futuro da sociedade, que é o caso dos Fundos de Pensão, que tem por finalidade garantia a estabilidade econômico-financeira dos participantes assistidos de hoje, e no futuro, dos participantes ativos de hoje. Desejamos através desta moção, apoiar o movimento pela água pública, e externar a nossa preocupação com o golpe de sua privatização.

A água é dos mais importantes elementos naturais, essencial à vida na terra: a ÁGUA, está na mira do grande capital exploratório, tanto internacional, como nacional através dos grandes conglomerados de construtoras e engenheiras, com a única e exclusiva finalidade de apoderar-se deste bem universal e fundamental, explorando-o economicamente, independentemente das distorções sociais do país, e desta forma alijar pessoas e sociedades do conforto de ter água e esgoto em suas casas.

Por anos a fio este país não teve se quer uma política de saneamento, e muito menos uma política de investimento nesta área. O que foi construído, o foi por iniciativas de governos que estabeleceram ao longo de décadas a estrutura existente, e enquanto se carecia de recursos para arcar com o pesado ônus de construir as bases do sistema, a iniciativa, dita privada, jamais se apresentou para realizar tal empreendimento em benefício da sociedade. A lógica perversa, como sempre, como a base está pronta, o capital se apresenta para tirar vantagem. E, hoje, o Governo Federal está propondo às Prefeituras, um novo marco regulatório, para que o ente público leve a todos água tratada e esgotamento sanitário. Neste cenário as empresas de engenharia entenderam como importante estabelecerem-se neste novo segmento, dada a sua perenidade. Prefeituras e casas legislativas, mal formadas e informadas, estão entregando de mão beijada, à exploração privada dos serviços essenciais às comunidades – água e tratamento sanitário – que por sua vez representam saúde. Por conseqüência, nos processos licitatórios abertos pelas Prefeituras, a empresa pública estadual, que por mais de meio século serviu aos Municípios, independentemente ao seu porte grande ou pequeno, é alijada e impedida de participar destes processos. Esquecem que a iniciativa privada, prioriza o capital, e não titubeia em atender aos grandes conglomerados humanos em prejuízo dos pequenos, e os desvalidos, que fiquem a própria sorte. E sabemos todos que a história, vai se repetir.

Diante disto, nós Participantes deste VIII Seminário, desejamos deixar registrado nesta Moção de Apoio a Água Pública, a todos que dele tomarem conhecimento que, assim como a Seguridade Social, via os Fundos de Pensão, que são agentes importantes para a vida dos seus Participantes, também a água e sua permanência como bem público, é fator de vital importância para a continuidade da nossa vida.

Os presentes ao VIII Seminário de Participantes de Fundos de Pensão aprovam a presente Moção por unanimidade.

Salão Nobre do Clube do Comércio de Porto Alegre - RS,
5 de Novembro de 2011. "




Anexo: FOTOS DO EVENTO









































































quinta-feira, 10 de novembro de 2011

CCJ aprova entrada gratuita de idosos em espetáculos culturais


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou, nesta terça-feira (8), uma proposta que garante entrada gratuita em espetáculos culturais e desportivos a pessoas com idade de 65 anos ou mais.

Foi aprovado o substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família ao Projeto de Lei 2053/96, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). O texto original previa o benefício para os aposentados, sem especificação de idade. A alteração ocorreu para que a regra ficasse semelhante à gratuidade no transporte coletivo urbano.

Conforme o substitutivo, os organizadores dos eventos poderão estipular dias específicos para apresentação gratuita dos espetáculos aos idosos.

O relator na CCJ, deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), restringiu sua análise à constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa e defendeu sua aprovação. Contudo, para entrar em vigor a proposta ainda deve ser aprovada pelo Plenário da Câmara. (pulsar)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Fritid presente à audiência pública sobre proteção dos idosos

Fotos arquivo Ministério Público
No dia 31 de outubro, o Ministério Público realizou a audiência pública, denominada - “Fortalecer a rede de proteção da pessoa idosa" - com o objetivo de coletar sugestões para futuros projetos do Ministério Pùblico no fortalecimento da rede de proteção ao idoso.
Participaram da sessão, no auditório do Palácio do MP, representantes de conselhos de Idosos de diversos municípios gaúchos, prefeituras, associações civis - entre elas a Fritid -conselhos regionais, faculdades e proprietários ou gerentes de Insstituições de Longa Permanência para “Idosos.(ILPIs)

“Idosos em ILPI's: Garantia de Direitos em Foco!!”, é a denominação do projeto em andamento do MInistério Pùblico, que começou em 2010, dirigido pelo promotor de Justiça Adrio Rafael de Paula Gelatti,com instrumentalização e capacitação de promotores para ampliar e promover a fiscalização de ILPIs. No encontro o Promotor Adrio ressaltou a importância de ouvir as pessoas que trabalham com idosos para detectar a dimensão da situação e assim conseguir minimizar os transtornos. As sugestões serão filtradas e as que não se transformarem em projetos do Ministério Público serão encaminhadas aos órgãos que tem a atribuição de aplicar as mesmas.

Em destaque, as propostas que apontam a necessidade de que o SUS inclua a especialidade de geriatria,que as políticas públicas sejam disponibilizadas no meio rural; capacitação para os cuidadores de idosos; cadastro único das ILPIs; fiscalização efetiva nos locais que recebeim idosos e que o poder público intervenha junto aos bancs para impedir o individamento de idosos com empréstimos consignados.Sobre esse tema, o conselheiro da Fritid, Ernani Mundstock, alertou sobre cadastros de crédito que possibilitam a invasão da privacidade das pessoas da terceira idade, pois as empresas disponibilizam os dados aos bancos, que passam a abordar os idosos de forma permanente e insistente para que assumam emprésimos.

Como representante da Fritid, Jussara Ramos destacou a importância fundamental da educação para uma mudança na forma de relacionamento com os mais velhos. Na sua visão a inclusão do tema nas escolas possibilitará uma outra prendizagem sobre respeito e amor em relação àqueles que representam as origens de cada um.

Dirceu Messias, presidente da Federação parabenizou a colocação de Jussara e enfatizou que a situação das pessoas da terceira idade é cultural e passa por uma nova concepção de sociedade onde as pessoas ao pararem de trabalhar possam ser tratadas respeito e possam levar uma vida digna. Diante disso, ressaltouu a autonomia da Fritid em defesa dos direitos dos idosos.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Gerontologia estuda envelhecimento de forma global



A preocupação da pesquisadora Anita Liberalesso Neri com os idosos brasileiros incentivou o desenvolvimento das pesquisas nacionais na área de Gerontologia e desencadeou uma série de pesquisas que forneceram informações sobre a realidade do idoso no Brasil, antes desconhecidas. A psicóloga atualmente realiza pesquisas sobre a Psicologia do Desenvolvimento do Adulto e do Idoso e é uma das organizadoras do primeiro Tratado de Gerontologia e Geriatria brasileiro, lançado em junho deste ano.

ComCiência - O que é Gerontologia e quais as diferenças em relação à Geriatria?

Anita Liberalesso Neri - Gerontologia é um campo multidisciplinar que tem como objetos o estudo do processo do envelhecimento, o fenômeno velhice, que é evento de natureza biológica, sociológica e psicológica e os indivíduos e grupos socialmente definidos como idosos. O processo de envelhecimento acompanha todo o desenvolvimento humano, mas quando se fala que a Gerontologia estuda o envelhecimento, significa que são estudados os anos mais avançados da idade adulta, mais ou menos a partir dos 45 anos de idade. Nesse campo de estudo existem muitas disciplinas, que são ancoradas pela psicologia, pela biologia e pelas ciências sociais. É um campo de pesquisa que além de multidisciplinar é multiprofissional, pois abrange os vários campos de atenção à saúde, aos direitos sociais e à educação dos idosos, incluindo por exemplo, a medicina, a enfermagem, a fisioterapia, a psicologia, o serviço social, o direito e a educação. Na medicina, a geriatria é a área que tem como objeto o tratamento clínico da velhice. Gerontologia é uma palavra de origem grega que significa o estudo da velhice. A denominação Geriatria tem a mesma origem e foi cunhada para designar o tratamento clínico dos idosos. Ambas foram criadas no começo do século XX.

ComCiência - Qual a idade média dos velhos nos países em desenvolvimento?

Neri - Varia bastante segundo as condições locais de desenvolvimento humano, mas é importante lembrar que a idade que demarca socialmente o início da velhice nesses países é 60 anos, ao passo que nos países desenvolvidos é 65 anos.

ComCiência - O que a fez, em sua trajetória profissional, voltar sua atenção para os idosos?

Neri - Durante os meus cursos de graduação e de pós-graduação eu não havia estudado esse assunto, assim como hoje, passados 30 anos, pouco se fala sobre o tema na grande maioria dos cursos. A psicologia do desenvolvimento era e de certa forma ainda é uma psicologia da infância e da adolescência. A psicologia clínica tampouco considera os idosos e as questões específicas dessa fase da vida. O enfoque dominante recai sobre a criança e o adolescente e sobre os problemas dos adultos, vistos como reflexo do ocorrido na infância. Nesse contexto, o idoso é considerado como um indivíduo com pouco ou nenhum potencial para mudança e assim poucas linhas de trabalho investem nele. À certa altura da minha carreira e da minha vida pessoal, eu comecei a me perguntar se o desenvolvimento cessava na vida adulta, se seria simplesmente uma fase de estabilidade ou de continuidade do que havia acontecido antes, para depois ocorrer o declínio típico da velhice. Comecei pelas questões ligadas ao exercício e a perda de papéis adultos, tais como os de mãe e pai como educadores, quando os filhos se tornam adultos; conjugal, quando as pessoas enviúvam, e o profissional, quando se aposentam. Nessa época eu trabalhava na PUCCampinas e comecei a escrever, a pesquisar, a orientar e a publicar sobre vida adulta e velhice. Logo percebi que os papéis do adulto sofrem várias alterações à medida em que ele avança em sua trajetória de vida, que ocorre considerável sobreposição desses papéis e que o seu exercício por homens e mulheres de diferentes níveis sociais é fundamental ao ajustamento.

ComCiência - Em que época foi isso?

Neri - Foi por volta de 1983 ou 1984. Não havia praticamente nada publicado em português. Havia profissionais (poucos) trabalhando com gerontologia social, mas ninguém trabalhava com psicologia do desenvolvimento do adulto e do idoso. Não havia uma proposta de estudo sobre aspectos evolutivos e eu comecei por aí. Eu dava aulas na graduação e na pós-graduação, orientava e fazia pesquisas nessa área. Foi quando Flávio da Silva Fernandes, que à época era membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), me chamou para dar palestras e para participar de grupos de estudo na área. Ele gerenciava o projeto do Sesc ligado à terceira idade e junto com o Edison Rossi participava de um projeto de modernização do Lar de Velhinhos de Campinas. Entre os não-médicos, era um dos poucos interessados nesse assunto, no Brasil. A seu convite e incentivada por ele, eu acabei me agregando a um grupo que fazia parte da SBGG em São Paulo, que aliás era muito pequeno na época.

ComCiência - Como a senhora ingressou na Unicamp e fundou o primeiro curso de pós-graduação em Gerontologia do Brasil?

Neri - Eu ingressei na Unicamp nessa mesma época, em 1985. Em 1991 comecei a formar meu grupo de pesquisa sobre psicologia do desenvolvimento na vida adulta e na velhice, que foi um dos embriões do curso de pós-graduação em gerontologia. O curso de pós-graduação em Gerontologiafoi instalado em dezembro de 1996 e começou a funcionar em abril de 1997. Foi o primeiro curso de pós-graduação em gerontologia strictu sensu e reuniu professores e pesquisadores de vários departamentos da Unicamp, uma vez que tinha uma concepção de ensino multidisciplinar. Professores de outras universidades brasileiras participaram (e participam) como convidados. Logo em seguida, em agosto de 1997, a PUC de São Paulo instalou o seu curso de Gerontologia Social e, em 1999, a PUC do Rio Grande Sul começou um Programa de Gerontologia Biomédica. Eles tinham antes uma área de concentração em geriatria, mas este novo curso é de alcance multidisciplinar. Hoje no Brasil, existem esses três programas strictu sensu no campo da gerontologia. Embora sejam em número crescente, ainda há pouca gente atuando nessa área.

ComCiência - Existe ensino de Gerontologia na graduação?

Neri - Não, não existe. Poucas faculdades de Medicina têm a disciplina Geriatria em seu currículo e poucas mantêm residência (que é já uma pós-graduação) nessa área. Da mesma forma, nos cursos de Psicologia é muito raro existir a disciplina psicologia da vida adulta e da velhice. O mais usual nessas e em outras áreas é a existência de disciplinas optativas, de tópicos especiais dentro de outras disciplinas ou práticas e de grupos de estudo. Em várias universidades brasileiras tem havido um esforço de oferecer cursos de especialização aprimoramento e extensão, no âmbito da pós-graduação.


ComCiência - Existe incentivo no Brasil para as pesquisas em Gerontologia?

Neri - Não, é uma dificuldade fora do comum. As agências de fomento, as universidades e os outros cursos de pós-graduação stricto sensu (que condizem aos títulos de mestre e de doutor e que fazem parte do Sistema Nacional de Pós-Graduação) dão muito pouco apoio e reconhecimento. Aliás, dificultam ao máximo a nossa vida, impondo critérios de produção compatíveis com os de áreas que já funcionam no Brasil há mais de 20 anos e que tiveram tempo e recursos para se consolidarem e criarem as próprias regras de funcionamento. Com a restrição de recursos que está afetando a universidade, nossa área tem muita dificuldade de conseguir bolsas e financiamentos e de contratar professores com dedicação exclusiva. Internamente há grande competição e muita gente atuando como se fossem donos de um território. De fato, quando o alimento é escasso e o apetite de alguns desmesurado, como você sabe podem resultar episódios de canibalismo. É uma grande pena não poder trabalhar de forma colaborativa. Na verdade, o que acontece é, também, que a velhice ainda é considerada como tema não prioritário. Isso facilita classificar seus estudiosos como pessoas que não sabem muito bem o que querem, ou que estão perdidas ou que não são muito sérias. Há preconceitos externos à área, mas há igualmente preconceitos de parte a parte entre os que acreditam que o estudo da velhice deve ser feito prioritariamente ou pela Medicina ou pelas Ciências Sociais. Por outro lado, os que não são nem médicos e nem cientistas sociais acham que devemos nos erigir do dia para a noite como campo de estudos aprofundados e genuinamente interdisciplinares, ou então perecer na selva da busca de recursos e posição.
"Por incrível que pareça, um dos motivos alegados para que não nos concedam bolsas e reconhecimento é a idade de nossos alunos..."

ComCiência - As pessoas que estão se formando agora nessa área encontram campo de trabalho?
Neri - Elas já estão no campo, algumas há muito tempo e de forma extremamente criativa e produtiva. São pessoas que já atuavam quando resolveram entrar na universidade para fazer pesquisa, de certa forma avalizar a sua prática e interagir conosco, os da academia. Nesse sentido, o da interação, tem sido muito rico e estimulante. O nosso curso tem pouca gente recém-formada, pois um dos requisitos é que as pessoas já tenham experiência profissional com idosos. Como na graduação as pessoas não costumam trabalhar com a velhice, geralmente são as pessoas mais maduras, já com uma trajetória profissional que vem nos procurar para se aprimorar e fazer pesquisas conosco. Por incrível que pareça, um dos motivos alegados para que não nos concedam bolsas e reconhecimento é a idade de nossos alunos...

ComCiência - Sua tese de Livre Docência foi um dos estudos pioneiros sobre a velhice no Brasil. O que a senhora se perguntava sobre a velhice, naquele momento?
Neri - Naquela época meus interesses já estavam voltados para o preconceito em relação à velhice. Isso me incomodava muito em termos intelectuais e a minha pergunta era a seguinte: será que existe mesmo preconceito ou os gerontólogos é que são preconceituosos? Eu fiz então uma pesquisa em âmbito nacional sobre atitudes de pessoas não idosas com relação à velhice. Fiz um levantamento com pessoas de 13 a 45 anos nas cinco regiões geográficas brasileiras e identifiquei uma grande variabilidade nas atitudes. Os adultos mais velhos e mais instruídos tinham uma visão um pouco menos positiva do que os mais novos e menos instruídos, e hoje eu diria um pouco mais realista, em relação à velhice. Eles consideravam o velho uma pessoa rejeitada socialmente, segregada, vista como desatualizada, retrógrada, e que tinha uma tendência a ser mais dependente e menos saudável. Isso é real. Quando você olha para a realidade brasileira, ou para a realidade de qualquer país, é possível ver que as pessoas de muito mais idade são aquelas que têm mais chances de ficarem afastadas e de serem doentes. No entanto, eu não encontrei predominância de atitudes negativas em nenhum dos grupos de idade, sexo ou escolaridade com os quais trabalhei. Nessa mesma pesquisa, eu perguntava também em que idade as pessoas achavam que começava a velhice. Obtive grande variabilidade de respostas. Notei que quanto mais velhos eram os meus entrevistados mais tarde eles colocavam o início da velhice. No entanto, a resposta muito freqüente nessa pesquisa era que velhice é um 'estado de espírito', o que não deixa de ser uma forma de preconceito. Os dados foram coletados entre 1986 e 1987 e eu não sei o que me responderiam, se eu fizesse essa pergunta hoje. A tese foi defendida em 1988.

ComCiência - E a senhora concorda com isso?
Neri - Eu concordo em parte porque ser velho não é apenas manifestação da subjetividade, isto é, de sentir-se velho. Velhice é uma realidade biológica que se reflete no que consideramos como social e psicológico. Também se pode dizer que, à medida que o tempo passa e você avança no seu desenvolvimento acontecem mudanças nos papéis sociais e ocorrem mudanças biológicas e psicológicas, que vão demarcar outra inserção social e novas características e formas de funcionamento. Assim, é melhor pensar que há uma complexa interação entre os três tipos de determinantes, de tal forma que "na vida real" é impossível determinar o que deflagra a velhice.

ComCiência - Mas essa nova realidade é necessariamente ruim?
Neri - Não, de jeito nenhum. Mas as pessoas costumam achar que sim porque preferem acreditar que podem ser jovens a vida toda, ou talvez que não vão morrer. Eu acredito que, se as pessoas se mantiverem física e intelectualmente ativas, envolvidas socialmente, em contato consigo próprias, e se mantiverem a saúde, elas poderão envelhecer bem, e satisfeitas. As pesquisas internacionais e brasileiras têm mostrado isso.

ComCiência - Qual a importância da infância para a velhice?
Neri - A infância é muito importante para todo o desenvolvimento posterior, porque é a fase em que se estabelece a estrutura básica da personalidade. Nesse período, o desenvolvimento neurológico, psicomotor, intelectual e social é impressionante. Mas os processos maturacionais não explicam todo o desenvolvimento porque há a influência da família, da escola, e das outras instituições sociais sobre uma base biológica e de experiências básicas de desenvolvimento, constituindo aquilo que se chama de socialização do indivíduo. Depois da escola, as pessoas seguem para o mundo do trabalho e da vida na comunidade, além de constituírem família e muitas formas de relacionamento social. Continuam mudando e adquirindo conhecimentos sobre si mesmas, sobre a ciência, a tecnologia, a sociedade, as artes, a cultura. Existe maior diferenciação entre os adultos do que entre as crianças, por causa da educação e do desenvolvimento exatamente porque estas ainda não foram expostas a toda a seqüência de modificações e ao complexo processo de interação que um adulto ou um idoso sofreu a longo da vida. O pensamento de que a infância é absolutamente determinante é um pensamento ultrapassado na psicologia. Hoje pensamos que graças à ação da sociedade e à cultura, a pessoa continua mudando. Muda também a partir de processos auto-iniciados e ao processo de auto-educação. Nos anos mais avançados da velhice a pessoa fica relativamente mais limitada quanto à possibilidade de continuar a expandir-se e torna-se mais vulnerável devido a mudanças biológicas que se manifestam em limitações sensoriais, músculo-esqueléticas, psicomotoras e metabólicas, e também devido a condições ambientais e pessoais. Algumas dessas alterações são típicas da espécie, biologicamente falando; outras são devidas ao estilo de vida e às condições sociais ao longo de toda a vida. São mudanças que determinam uma nova forma de relação da pessoa com o mundo. A pessoa idosa tem toda uma história vivida; um modo de compreender o mundo e a si mesma; valores, metas, motivações e expectativas e um conjunto de repertórios comportamentais adaptativos. Se continuar neurologicamente bem, se mantiver boa saúde ou se cuidar de suas eventuais doenças e limitações, se mantiver papéis compatíveis com sua idade e posição social, se estiver satisfeita e ativa, ela pode viver muito bem a sua velhice.

ComCiência - O que a senhora poderia dizer sobre a qualidade de vida dos idosos brasileiros?

Neri - Qualidade de vida é algo muito amplo. Mas vamos nos restringir à questão econômica e de saúde. A condição da velhice no Brasil é um reflexo direto da desigualdade social. Entre os idosos brasileiros, a grande maioria é pobre e não teve oportunidades educacionais. Os problemas sociais da velhice no Brasil são os decorrentes da pobreza e implicam em falta de acesso à educação e a um sistema previdenciário justo ao longo de toda a vida. Na velhice, pessoas empobrecidas e privadas de educação escolar se aposentam com um teto ridiculamente baixo, se comparado com o que existe nos países desenvolvidos, mas ainda assim fora do alcance da grande maioria. Depois, ganhem um, cinco ou 10 salários mínimos, ano a ano, todos passam a ganhar cada vez menos Ou seja, quanto mais precisam de dinheiro para sobreviver, porque o sistema público de saúde não dá conta e o privado é muito caro, menos dinheiro elas ganham. Além dos problemas da pobreza, existem os problemas previdenciários e os problemas de um sistema social e de saúde que não ampara os idosos adequadamente e nem as suas famílias. Assim, os idosos que já passaram dificuldades econômicas durante a vida, terão problemas também na velhice. Como os filhos deles também não melhoraram muito em termos econômicos e sociais, vão morar mal com filhos que moram mal, comer mal com filhos que comem mal, viver em bairros e cidades inseguras como a maioria dos brasileiros, e ver as gerações mais novas crescerem em meio a muitas carências. Muitos filhos hoje são desempregados, o que faz com que os idosos, com o pouco que ganham, ainda ajudem a segunda e a terceira gerações. São problemas que não são da medicina, mas são da desigualdade social. Como os velhos não têm poder político e têm pouca visibilidade social, acabam sendo "esquecidos". São problemas antigos e as melhoras lentas.

ComCiência - Essa melhora é reflexo da melhoria da qualidade de vida?

Neri - Sim. Mas a qualidade de vida está mudando pouco. Um exemplo foi a instituição da renda mensal vitalícia estabelecida pelo governo para aos idosos que provarem que não têm condição de sobreviver por si próprios. É uma coisa mínima, se você for pensar em um salário mínimo, mas é melhor do que antes, quando não havia nada que amparasse os velhos pobres e doentes, além de filantropia. Como está melhorando um pouco o sistema de assistência social e de saúde de um modo geral na sociedade, isso melhora um pouco para os velhos, apesar de não termos amplas políticas dirigidas especificamente para eles. A Política Nacional de Saúde do Idoso ainda depende de operacionalização. Mas sua existência demonstra que, principalmente graças à pressão de setores esclarecidos, foi explicitada uma preocupação da sociedade para aumentar a rede pública dos hospitais e serviços sociais para idosos, para melhorar a qualidade do serviço a eles prestados e para formar recursos humanos para lidar com os idosos, entre outras ações previstas em lei.
"Estamos envelhecendo, mas não temos nível de desenvolvimento para enfrentar esse processo"

ComCiência - No Brasil existem hoje mais velhos do que no passado?
Neri - Está havendo um aumento na porcentagem de pessoas maiores de 60 anos na população brasileira. Esse aumento está sendo mais rápido e está acontecendo em um tempo mais curto do que em outros países. Em termos percentuais, as pessoas acima de 65 anos estão na faixa de 6% da população, e as de 60 anos e mais atingem a cifra média de 9%. O problema é dar assistência para essas pessoas ao mesmo tempo em que é preciso resolver o problema de trabalho dos adulto, o da educação das crianças e dos jovens, o do saneamento básico, o da habitação, o da segurança das cidades e os problemas de saúde na população em geral. Estamos envelhecendo, mas não temos nível de desenvolvimento para enfrentar esse processo e, além disso, temos ainda muitas demandas sociais ainda não atendidas, num quadro de extrema desigualdade social.

ComCiência - Quais são os países em que o idoso tem uma situação melhor?
Neri - Dinamarca, Canadá, Noruega, Austrália, Inglaterra e Alemanha, talvez não exatamente nessa ordem. Há pouco tempo saiu a classificação dos países pelo critério de índice de desenvolvimento humano, e o Brasil está lá pelo 140º posto, atrás de muitos países da América Latina e do Caribe. Isso se reflete na condição de vida dos nossos idosos. Um das coisas que é levada em conta nessa classificação é o grau de desigualdade social. Nos países desenvolvidos, em que são amplamente amparados pelo Estado, que lhes provê completos serviços sociais e de saúde, os velhos se queixam de que têm menos que as outras gerações, imagine aqui...

ComCiência - Existem tantos nomes para se referir aos idosos, como chamar essas pessoas?
Neri - Eu acho que podemos chamar de idosos mesmo. A expressão terceira idade é um eufemismo. Ela foi inventada porque as pessoas rejeitam o nome velho ou idoso e então resolveram que terceira idade é mais bonito, o que denota tanto preconceito quanto outros nomes como bela idade e maior idade entre outros menos usados, mas todos com o mesmo sentido.O termo terceira idade foi cunhado na França na década de 60, quando aquele país começou a fazer investimentos no lazer das pessoas acima de 45 anos, porque achavam que se as pessoas ficassem ativas, envelheceriam melhor, mais satisfeitas e saudáveis. Isso parecia mais conveniente para o sistema de saúde, para as finanças do Estado e para a sociedade em geral. Começaram a criar cursos, oportunidades educacionais e alternativas de lazer, entre outras atividades para os adultos mais velhos, recém-aposentados, e chamaram essa fase da vida de terceira idade no intuito de estimular a participação de pessoas que se viam e eram vistas como inativas e improdutivas. Cada país cria o seu léxico para lidar com a velhice, da mesma forma como com outros temas considerados difíceis. Por exemplo, hoje, em certos contextos, não se deve mais falar negro, e sim afro-americano, não se deve falar em deficiente, e sim pessoa portadora de deficiência, ou em diversidade de opção sexual em vez dos nomes tradicionais, e assim por diante. Na verdade, são nomes dados para evitar a discriminação, mas se você não resolver os problemas que originam essa discriminação, não adianta nada. Assim, a crítica que eu faço sobre a invenção da expressão terceira idade é que esconde negação da velhice e rejeição dos idosos. Alem disso, junto com a nova denominação são disseminadas falsas crenças sobre a velhice, apontada como fase que pode ser evitada e, o que é pior, que isso é apenas uma questão de responsabilidade pessoal.

ComCiência - Qual que é o lado bom de envelhecer?

Neri - O bom é você poder olhar para trás, fazer um balanço, uma revisão da sua vida, e ver que ela teve e tem um sentido, é ter uma sensação de realização. Assim, as pessoas idosas poderão aceitar bem o relativo afastamento da vida social, as mudanças de papéis. É importante reconhecer que como a vida não é ilimitada, as pessoas não podem se manter no topo até a morte. O declínio e o recolhimento são inevitáveis e de certa forma construtivos. Na velhice, mesmo tendo que conviver com algumas limitações, as pessoas verdadeiramente maduras podem selecionar domínios da personalidade, da inteligência, das habilidades e da atuação social às quais poderão se dedicar e poderão sentir-se muito bem. A velhice é uma fase em que a pessoa pode se sentir mais liberta de obrigações e normas, pode estar mais em contato consigo mesma; pode ser mais compassiva e aceitadora; pode passar a preocupar-se desinteressadamente pelo semelhante, pode descobrir um sentido na vida e pode investir mais em si mesma. Evidentemente, existem os limites e as perdas e a pessoa tem que conviver com isso também. Mas as pessoas podem ficar bem. Normalmente, as pessoas idosas que são capazes de auto-aceitação, que convivem mais suavemente com a fragilidade, que se sentem realizadas, que não se recriminam e nem sofrem inutilmente por aquilo que não alcançaram e nem tentam manter o controle sobre o mundo têm uma vida melhor.







segunda-feira, 3 de outubro de 2011

 


Slide Dia de Muita Beleza no Asilo Padre Cacique

Dia de muita beleza no Asilo Padre Cacique

A Fritid realizou no dia 1° de outubro uma confraternização em comemoração ao Dia do Idoso(a), no Asilo Padre Cacique, em Porto Alegre. Em parceria com o salão de beleza Eduardo's Cabelo, a Federação promoveu "O dia de Beleza" dedicado aos idosos e idosas que moram na entidade. Em clima de festa por causa da data, a procura foi concorrida tanto por homens como por mulheres, solicitando aos profissionais cortes de cabelo, manicure, maquiagem e penteados.


O clima harmonioso e saudável do Asilo impressionou os promotores do evento pelo ambiente agradável e aconchegante do local, mas principalmente pela alegria e tranquilidade estampada nos rostos dos idosos e idosas, que lá vivem..

Uma condição, um estado de espírito que explica a proposta do Asilo Padre Cacique, que há 113 anos, tem como objetivo proteger e incluir socialmente os idosos (hoje são 150), propiciando inúmeras atividades e um tratamento digno para quemm tem sempre muito para contar e ensinar...


No Padre Cacique, a vida pode recomeçar a cada dia


O casamento de Ari Castro(91) e Leopoldina Cardosos de Souza(82), realizado na capela da instituição, é um exemplo de que sempre é possível não se deixar vencer pela trizteza, basta ter vontade de viver. No romântico dia dos namorados de 2011, a história de amor do casal foi celebrada.

As oficinas de Roda de Samba e Coral aproximaram o casal, na época em que o Leopoldina ia ao Asilo só para as aulas. Ari já morava ali desde 2009 e em 2011 ela buscou seu canto no Padre Cacique.

O namoro começou ali, com Ary convidando-a para passeios e quando ele falou de casamento ela não deu atenção, mas quando ele insistiu viu que era sério. O enlace, realizou-se em pleno dia dos Namorados e foi interrompido no momento de troca de alianças quando Ari fez uma surpresa oferecendo um belo anel a amada e junto declamou um versinho:
:
"O sol nasceu para as flores. O calor para os velhinhos. A vida para os amores, e para ti, o meu carinho - disse. Leopoldina se emocionou de felicidade, pois sensibilidade poética é ponto comum entre os dois, ela também compôs a letrada da música "Terceira Idade" para o Coral da instituição.

Na visita ao quarto de Ari - o casal é moderno e cada um mantem seu quarto separado - pode-se ver as fotos da viagem de lua de mel, em Salvador, onde foram mostrar ao povo baiano que a vida pode recomeçar todos os dias.

Brasil não está preparado para o envelhecimento da população

São Paulo – O Brasil deverá chegar a 2050 com cerca de 15 milhões de idosos, dos quais 13,5 milhões com mais de 80 anos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2025, o país será o sexto do mundo com o maior número de idosos. Apesar da criação de políticas voltadas para essa camada da população, como o Estatuto do Idoso, instituído em 2003, a velocidade do envelhecimento tem superado a implementação de ações para oferecer melhores condições de vida à terceira idade.


“O processo é muito rápido, e as políticas públicas não têm acompanhado isso. Viver em uma sociedade com muito mais idosos do que crianças requer um planejamento intenso”, diz o médico geriatra Luiz Roberto Ramos, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Com o envelhecimento populacional, o Brasil terá redução do número de jovens na força produtiva ativa, assinalou Ramos. “Vai aumentar o número de pessoas que terão dependência social dessa produção. Isso tem de ser planejado. O país está correndo contra o tempo.” Hoje, segundo a OMS, o Brasil tem 21 milhões de pessoas com mais de 65 anos.

O envelhecimento da população tem reflexo direto no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Somente as doenças crônicas não transmissíveis, que afetam principalmente idosos, provocam impacto anual de 1% no PIB, segundo estimativa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). De acordo com a Comissão para Estudo do Envelhecimento Mundial, anualmente são gastos cerca de R$ 60 bilhões com doenças da típicas da terceira idade no Brasil.

De acordo com Ramos, os problemas decorrentes da terceira idade começam a aparecer com mais intensidade depois dos 70 anos. Até lá, em torno de 80% das pessoas não têm nenhuma atividade de vida diária comprometida pela velhice. No entanto, a partir dos 80 anos, a grande maioria passa a conviver com enfermidades.
No Dia do Idoso, país tem pouco a comemorar

Fonte: (Agencia Brasil)

Número de pessoas com mais de 60 anos deve dobrar até 2050, diz

Segundo a ONU, mundo já tem 700 milhões de cidadãos na terceira idade. Dia Internacional das Pessoas Idosas é comemorado neste sábado (1º). A previsão é que, até 2050, este número passe de 2 bilhões, superando a quantidade de crianças no mundo. De acordo com especialistas, apesar de estar envelhecendo, a população mundial também está prolongando a duração da idade ativa. Em muitos países, trabalhadores estão adiando a idade da aposentadoria, algumas vezes por necessidade, mas também há casos de opção.

Nesta entrevista à Rádio ONU, de São Paulo, a empresária Maria Tereza Tacoli, conta que abriu uma empresa de moda e decoração quando já tinha 51 anos. Hoje, aos 66 anos, ela mantém o escritório em plena atividade na própria casa.

Integração
"Eu não tenho planos de parar. Eu tenho uma única filha e sou separada. Não tenho condição de ficar sozinha, olhando para o teto ou assistindo à televisão. Eu tenho necessidade de fazer alguma coisa. E tenho um trabalho, que me permite programar melhor o horário", explica.

 Por outro lado, a mudança de perfil há traz desafios, especialmente na área da saúde como destaca à Rádio ONU, de Brasília, a coordenadora de Saúde do Idoso do Ministério da Saúde no Brasil, Luísa Machado. Para ela, é preciso haver uma integração de esforços para atender ao grupo populacional que mais cresce atualmente. "Antigamente morria-se muito por conta de doenças infecto-contagiosas. Hoje o que mais mata são as doenças crônicas. Nós precisamos de todas as políticas públicas unidas para darmos conta deste processo de envelhecimento", argumenta. O tema do Dia Internacional das Pessoas Idosas este ano é: "Lançamento Madri + 10: As Crescentes Oportunidades e Desafios para o Envelhecimento Global". Em mensagem para marcar o dia, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a governos e comunidades de todo o mundo que façam mais para oferecer oportunidades à terceira idade.

 (Fonte: Rádio ONU)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Caminhada de idosos e idosas é aplaudida pelo público no Centro de Gravataí



Com aplausos das pessoas que passavam pelo Centro de Gravataí, na tarde desta sexta-feira (30/09), a Prefeitura, através da Assessoria de Políticas Públicas para o Idoso (APPI) e o Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas Idosas (CMDPI), promoveu uma caminhada com mais de 100 idosos de Gravataí e de Porto Alegre. Os participantes saíram da praça Leonel Brizola (Quiosque) e seguiram pela avenida José Loureiro da Silva até a praça Borges de Medeiros. A atividade, que integrou a Semana do Idoso, teve como objetivo conscientizar a população contra a violência às pessoas da terceira idade.

Conforme a assessora da APPI, Maria Enir dos Santos, o evento contou com a presença da Federação Rio-grandense da Terceira Idade (Fritid), e de um grande número de pessoas da cidade para participar das atividades. “É preciso salientar a importância das pessoas mais jovens respeitarem os idosos que necessitam de respeito, inclusive em suas próprias famílias”, enfatizou.

O presidente da Fritid, Dirceu Messias, falou sobre sua satisfação em estar fazendo parte de um evento em benefício das pessoas idosas de Gravataí. “Pra nós é questão de honra batalhar pelos direitos do idoso”, afirmou emocionado.

O presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Gravataí (Asapeg), Ivo Pacheco, também emocionado lembrou alguns momentos em que presenciou pessoas idosas serem mal-tratadas na maioria das vezes em suas famílias. “Fomos nós que ajudamos a construir uma sociedade mais justa para todos e é por isso que merecemos o respeito de todas as pessoas mais novas da sociedade”, apontou.

A titular da APPI destacou as ações desenvolvidas pela Administração Municipal em benefício das pessoas com mais de 60 anos. “A Assessoria de Políticas Públicas, a Casa do Idoso, os programas de saúde, as atividades esportivas e de economia solidária, entre tantas outras atividades realizadas pelas secretarias, dão corpo às políticas públicas direcionadas aos idosos e por isso Gravataí recebeu em 2010 o título de Cidade Amiga do Idoso”, frisou.



O evento contou com a participação de integrantes do Governo Municipal, representantes de deputados, senadores, além da comunidade em geral que se reuniu na praça Borges de Medeiros para ouvir as pessoas idosas de Gravataí e região. No encontro ainda foi lembrado que na próxima semana será inaugurado junto à 1ª Delegacia de Polícia, o Posto do Idoso que será órgão fiscalizador de abusos contra os idosos do Município.



Fonte: Assessoria de Políticas Públicas do Idoso - Prefeitura de Gravataí






terça-feira, 27 de setembro de 2011

Terceira idade organizada em Gravataí




Aos dirigentes,amigos,familiares e simpatizantes Caros companheiros(as),nesta sexta-feira dia 30 de setembro,sairemosde Porto Alegre,rumo a Gravataí para prestigiarmos com todo nosso entusiasmo a Marcha do Idoso,organizada pelo Município,FRITID e CMPO(Central dos Movimentos Populares). O ônibus sairá às 10h45min em frente ao Teatro São Pedro.A União da Tinga abrilhantará o evento com sua bateria.


Um mundo melhor é possível para a Terceira Idade!

Dirceu Messias
Presidente FRITID

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Seminário Caminhos e Desafios da Terceira Idade

O Seminário Caminhos e Desafios da Terceira Idade realizou-se, dia 13 de agosto , na Sala das Comissões, da Câmara dos Vereadores de Porto Alegre, uma realização da Fritid (Federação Riograndense da Terceira Idade ). O coordenador do evento, Alberto Filgueiras, falou da importância do debate como um caminho para se atingir o objetivo de construir-se politicas publicas para atender às reivindicações desse segmento social; Logo após, Dirceu Messias, presidente da entidade, saudou os presentes e passou a palavra à vice presidenta, Rosa Beltrame – o tom uníssono na fala de ambos foi de convocar os presentes para se somarem à luta da entidade como um caminho pela garantia de mais qualidade de vida para todos. Os presidentes do legislativo municipal e estadual, respectivamente Sofia Cavedon e Adão Villaverde, compareceram ao inicio do seminário para expressar apoio à causa em prol dos direitos dos idoso(as). Foram painelistas, o advogado e sociólogo Luis Alberto Silva, "Avanços e limites do Estatuto do Idoso" e o tema de Liana Borges, pedagoga, e coordenadora do Fórum Estadual de Jovens e Adultos, foi Perspectivas Sócio-educativas com a Terceira Idade.


PAINEL: AVANÇOS E LIMITES DO ESTATUTO DO IDOSO
Com 8 anos de vigência, o Estatuto de idoso, foi tema da palestra de Luis Alberto da Silva, que fez retrospectiva histórica, onde demonstrou como distorções sócio-econômicas podem impedir que a lei seja aplicada em tempo hábil e simultâneo à sua criação em favor dos direitos humanos, como foi no caso do salário mínimo. Explicou que para galgar avanços no processo de políticas públicas é fundamental a organização dos atores sociais diretamente envolvidos e de toda sociedade civil organizada. Somente a pressão popular pode garantir direitos e diminuir a distância entre a criação da lei e sua aplicação. Apresentamos alguns pontos deste painel e do seguinte, que integraram o debate, sabendo das limitações deste espaço, e cientes que este rico debate não está finalizado, mas aberto em nossa entidade para consolidação de nossos objetivos.

As mudanças sociais
"Frente ao rápido desenvolvimento tecnológico dos anos recentes o idoso tem vivenciado a diminuição do seu espaço social, especialmente de suas habilidades conhecimento e experiência, tornando-se suas contribuições sociais menos relevantes. Isso tem uma causa concreta, a ideologia do saber atual é gerada pelo conhecimento técnico científico dominado pelos jovens. Os idosos ficam fora por não dominarem esses instrumentos."

Os direitos dos idosos no Brasil
Desde a época do império, 1824, até a constituição Federal de 1988 não tinhamos no arcabouço constitucional, direitos garantidos aos idosos. É a primeira lei a versar sobre a proteção jurídica ao idoso, à qual impõe à familia, sociedade e ao estado o dever de amparar o idoso.
Os direitos dos idosos foram regulamentados através da Lei Orgânica de Asssitencia Social (LOAS), em 1993. A partir daí se percebe algo mais objetivo do ponto de vista da legislação brasileira. A política nacional do idoso. a Lei 8842/94, regulamenta em 1996 através do decreto 1948/96, e amplia significativamente o direito dos idoso.
Estatuto do Idoso

A Lei 10741, do Estatuto do Idoso, é um marco legal para a consciência idosa, um instrumento fundamental e estratégico para a luta.
No âmbito do estatuto, o principal direito dos idosos encontra-se no artigo terceiro, síntese dos princípios. O conceito se assemelha ao do salário mínimo quando foi instituído.O Estatuto é instrumento importante, mas não se materializa se não houver uma ação concreta dos principais atores sociais. O documento é revelador de uma ideologia negativa da velhice. Ele é visto dessa forma ao perder sua função, o status, em decorrência da sua saida do mercado de trabalho, de produção, então ele não é mais importante. Temos assistido a uma política assistencialista do idosos, que despolitiza os aposentados. Um exemplo: a questão dos direitos políticos,hoje no Brasil a legislação eleitoral dispensa o aposentado aos 70 anos da obrigatoriedade do voto.

As políticas. de proteção social baseadas em suposições e generalizações indevidas podem contribuir para o desenvolvimento e intensificação de preconceitos negativos e para ocorrência de praticas sociais discriminatórias em relação os idosos(as). A consideração dos direitos dos idosos deve se apresentar no âmbito da noção da universalidade dos direitos do cidadão, mas para a realidade brasileira é importante existir um tipo de politica para idosos como instrumento de reconhecimento da existência e de aplicação de medidas efetivas para garantir a qualidade de vida desse segmento.

Políticas Públicas -
"A concretização da cidadania ocorre através do espaço político com direito a ter direitos. Não adianta existir direitos se você não tiver acesso pleno a eles. A política ela é entendida como uma atividade de prática humana. Ela está ligada estreitamente ao conceito de poder. Os segmentos da sociedade organizados e politizados estarão exercendo o poder. Se os idosos não ocuparem o espaço político certamente outros ocuparão com grave repercussão para conquista da sua cidadania, no contexto democrático, especialmente da democracia participativa.
Luis Alberto diz ter certeza de ser essa a percepção da Fritid. "Porque não podemos fazer um processo de qualificação, de mudanças de conceito, se os próprios atores não forem os protagonistas. Sem protagonismo. a lei nunca vai estar em consonância com o que é almejado por aqueles setores que vão ser atingidos por essas políticas públicas"

Na continuação do evento, Alberto Filgueiras ressaltou o significado da palavra resiliência - que define a capacidade que um indivíduo ou uma população apresenta, após momento de adversidade, conseguindo se adaptar ou evoluir positivamente frente à situação - por avaliar que retomada da consciência cidadãos das pessoas da terceira é um desafio e o caminho para a conquista de direitos e mais qualidade de vida. Como exemplo de garra, citou Stéphane Hessel, 94 anos, integrante do Movimento dos Indignados, ex-embaixador da França, um dos co redatores da Declaração dos Direitos Humanos, que esteve num campo de concentração na 2ª guerra mundial, escapou e participou da resistência. Em 2008, quando comemorou-se os 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos, analisou assim a crise econômica da vez; "é uma crise antes de tudo ligada aos direitos e recursos necessários para fazer frente aos novos desafios". Segundo ele, não vivenciamos uma crise financeira, mas sim de civilização, da qual são protagonistas os atores sociais.



PAINEL: PERSPECTIVAS SÓCIO-EDUCATIVA NA TERCEIRA IDADE
Liana Borges, começou a palestra, perguntando aos presentes: quem já trabalhou com educação ou tem familiares que não aprenderam a ler. Uma forma de demonstrar, a partir da realidade particular, a dimensão do número de adultos não alfabetizados ou com dificuldade de ler algo mais complexo.
Ela citou o Art. 212. da Constituição Federal como revolucionário - " quando se tem na letra da lei a garantia de acesso à educação para todos,isso nos ajuda a construir mecanismos de acionamento do Ministério Pùblico para que as escolas adequem sua proposta pedagógica e condições físicas para acolher todas as pessoas acima dos 15 anos que não tem o ensino fundamental completo. Por isso considera importante um coletivo, como a Fritid, por representar uma geração que tem direitos historicamente negados, que se organiza parae exijar acesso a educação.

No país, a negação desse direito é ainda grave, pois pesquisas, por amostra domiciliar em 2009, constataram um crescimento de 12% nos indicadores de analfabetismo da terceira idade. Isso demonstra como "o poder público não está preocupado; entende que juventude gera desenvolvimento, aí está a força de trabalho, então é preciso ampliar a escolarização do jovem em função do mundo do trabalho. Os adultos, idosos, estamos nos retirando do mundo do trabalo, como não somos seres com potencial não há necessidade de garantir acesso aos conhecimentos." Essa visão, diz Liana, é uma contradição da sociedade brasileira e convocou a Fritid a pensar sobre como, no século 21, com alto desenvolvimento tecnológico, os mais velhos estão ficando para trás.

EJAIi (Educação de Jovens Adultos e Idosos)- A educação tem que ser garantida até à morte
Essa é a visão do Ejai, que reforça a necessidade de garantir o direito à educação e de um processo político pedagógico adequado às diferentes gerações. Conforme a pedagoga, "isso não significa fragmentar a escola de acordo com as fases da vida. Porque na sociedade não é assim, temos que prender a conviver nas relações interrelacionais. Mesmo que a sala de aula tenha pessoas dos 15 ao 100 anos o educador precisa saber acolher as expectativas, as necessidades que são peculiares a cada fase da vida."

Os educandos de terceira idade vão para escola para aprender outras coisas além do que é o conteúdo escolar: " eles querem aprender a falar, a se posicionar, querem estabelecer relaçoes interpessoais. Então para esse grupo o conteúdo é importante aprender a ler, mas nem sempre é o que move a permanência da terceira idade na escola.
Operar as diferentes necessidades das diversas fases da vida é muito difícil. Dai a necessidade de operacionalizar um plano educação que atenda as relações intergeracionais e que respeite o que é específico de ca da fase da vida."

Vamos para escola para aprender mas também para socializar, para fazer um espaço de convivência. Esse é um terceiro aspecto so EJAI. O primeiro é o direito a educação; o segundo um processo de aprendizagem psico-pedagógico, respeitando as diferentes fases, necessidades e desejos das gerações e o terceiro aspecto considera que se veja a educação como algo além do conteúdo escolar. Outra funcão do Ejai é ser reparadora, o estado tem que reparar essa dívida que tem com as pessoas, Não é qualquer projeto pedagógico que serve.

"Educação tesouro a descobrir", documento citado por Liana, ond diz que a educação como um todo tem que ensinar 4 coisas: a pessoa a conviver, aprender a ser, a descobrir a natureza de cada um, aprofundar a minha essência através da educação, da existência para meu ser, para que seja reconhecida no meios. aprender a conhecer e aprender a fazer, a agir no mundo, ser do mundo, fazer.

Também o documento brasileiro: "Parecer do Conselho Nacional da Educação, refere-se as tarefas da educação de jovens e adultos e idosos: A educação tem que garantir a equidade - se as crianças têm direito a aprender a terceira idade também tem; Ser reparadora - as pessoa que tiveram o direito a educação negado, o tem q reparar o erro; promover ofertas de educação para reparar essa dívida e superar o analfabeismo; por ultimo qualificadora, não é qualquer projeto, tem de ter qualidade social, democracia e justica.


Ao finalizar, Liana enfatizou: "temos que cumprir o que já existe sobre a educação e é o que tem de melhor. Outros países vêm ao Brasil para aprender o que fizemos para as mulheres avançarem no ensino. O Brasil está ensinando. Se continuarmos na marcha lenta em relação à alfabetização de jovens e adultos, não vamos dar conta de superar o analfabetismo no prazo de 5 anos, conforme projeção da VI Conferência Internacional de Educação de Adultos, que aconteceu em Belém do Pará, em 2008. Para a pedagoga a Fritid desempenha papel fundamental para que se problematize,p ara que as pessoas tenham acesso à educação ao longo da vida."

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Curso de Educador Social





















Todos ensinam e todos aprendem no dialogo e no confronto produtivo de idéias. O ensino formal e o não formal são nossa fonte de inspiração para pensar projetos pedagógicos inovadores e conectados com o mundo e com a realidade local.











terça-feira, 16 de agosto de 2011

Audiência Pública sobre a situação do idoso no RS

A Fritid recebeu convite da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, da Assembléia Legislativa, para participar da Audiência Pública sobre a situação do idoso no RS. Contamos com a presença de nossos associados e de todos interessados no tema. Sua presença é importante!


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Fritid participa da caminhada em prol dos direitos da terceira idade

























Na sexta, 12 de agosto, realizou-se uma caminhada no bairro Bom Fim com o objetivo de averiguar as condições das calçadas, em mais uma zona da cidade. A ação faz parte do projeto "Transformando Leis em Direitos", da Câmara dos Vereadores, em prol da população da terceira idade. Os vereadores Sofia Cavedon e Mario Comasseto ao lado de integrantes da Fritid e de diversas pessoas observaram a precária situação das calçadas locais, esburacadas, com ausência de rampas e falta de manutenção, oferecendo risco de acidentes a todas as pessoas, principalmente às pessoas mais idosas.





































































































































































































































































































































































































































































































































































quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Câmara apoia ações da Terceira Idade

A Câmara Municipal de Porto Alegre, que este ano desenvolve a gestão “Transformando Leis em Direitos”, está apoiando uma série de ações junto à população da Terceira Idade.

Com o apoio do Conselho dos Cidadãos Honorários da Capital, as atividades iniciam no dia 05 de agosto (sexta-feira), quando será realizada às 15h, a Sessão Solene em homenagem ao Dia dos Avós, comemorado no dia 26 de julho. O evento será no plenário Otávio Rocha da Casa Legislativa (Av. Loureiro da Silva, 255).

Calendário

Agosto
12 de agosto - Sexta-feira
14h
Percurso pela Acessibilidade – Saída do Mercado do Bom Fim

13 de agosto - Sábado
Das 9h às 18h
Seminário “Caminhos e Desafios da Terceira Idade”
Local: Sala das Comissões – 3º Andar da CMPA (Av. Loureiro da Silva, 255)

25 de agosto - Quinta-feira
8h30min
Café da Manhã na Sociedade Porto-Alegrense de Auxilio aos Necessitados (Spaan)
Local: Av. Nonoai, 600

16h
Palestra “Doença de Alzheimer”, com o Dr. Maurício André Gheller Friedrich, neurologista do Hospital Mãe de Deus
Local: Plenário Ana Terra da CMPA (Av. Loureiro da Silva, 255)

Setembro
12 de setembro - Segunda-feira
14h – Homenagem aos 80 anos da Sociedade Porto-Alegrense de Auxilio aos Necessitados (Spaan)
Local: Plenário Otávio Rocha da CMPA (Av. Loureiro da Silva, 255)

Mais informações podem ser obtidas pelo fone: 51.3220.4396.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Fritid é recebida na Casa Civil do Rio Grande do Sul

Representantes da Federação Riograndense da Terceira Idade (Fritid), foram recebidos, em 13/7, pela assessora de Movimentos Sociais do Gabinete da Casa Civil, Ariana Leitão, onde conversaram sobre diversas questões relativas ao segmento da população da terceira idade.

Na ocasião o presidente da Fritid, Dirceu Messias, apresentou e falou dos objetivos da entidade para a população idosa e destacou a reunião como marco para o início de uma relacionamento com o governo estadual na construção de políticas públicas que assegurem mais qualidade de vida para a terceira idade.

Segundo a assessora, o governo ainda se organiza nesse primeiro semestre e ainda não elaborou propostas específicas direcionadas para essa população. Porém, a partir da inserção na Conferência Estadual do Idoso, que ocorre nos dias 16 e 17 de julho em Porto Alegre, onde o executivo se apropriará das demandas levantadas por esse segmento, estará traçando metas para a construção de políticas públicas que atendam as necessidades da população idosa de forma contínua, em sintonia com a esfera federal. Destacou a importância de poder contar com parceiros como a Fritid para a realização de ações nas mais diversas áreas.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Cedecondh da Câmara de Vereadores recebe a Fritid

Vereadores da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos (Cedecondh) da Câmara Municipal de Porto Alegre receberam,no dia 28 de junho, representantes da Federação Riograndense da Terceira Idadel. Na oportunidade o presidente da entidade, Dirceu Messias, relatou aos participantes como surgiu a ideia de fundar um grupo em defesa das pessoas da terceira idade: “Foi da discussão de amigos, já na terceira idade, preocupados com os conflitos sociais enfrentados diariamente”, disse ao informar que a Federação foi fundada oficialmente em 27 de novembro de 2008. Falou também que princípios como autonomia e inclusão são fortemente defendidos pelo grupo. “Não aceitamos pressões sobre nossas decisões”.

Messias relatou ainda que a Federação é composta, além das diretorias, por comissões que debatem temas de interesse dos participantes. “Hoje temos grupos que tratam da assistência social, esporte, lazer e turismo, defesa, promoção e bem estar da terceira idade, educação, ciência e tecnologia, saúde metal e física e apoio jurídico”. Em relação à violência ao idoso que, segundo Messias registra-se um número altíssimo, foi informado que o Ministério Público (MP) Estadual tem dado apoio á Federação. “O MP reconhece que o índice á muito alto e já começa a debater sobre este assunto”. No final, o presidente da entidade pediu apoio e mais atenção dos vereadores ao tema. “É uma luta diária e queremos contar com o apoio e reconhecimento desta Casa”.

Liete Pires, outra representante da Federação, informou aos vereadores que no dia 13 de agosto deste ano haverá um seminário promovido pela Federação com o objetivo de ampliar as discussões.


A reunião foi dirigida pela presidente da Cedecondh, vereadora Maria Celeste (PT), que sugeriu, através de debates conjuntos, a formulação de políticas públicas voltadas aos idosos. “Podemos agir conjuntamente e pensar numa proposta para apresentar ao Executivo como início de um projeto”, disse. Já Nelcir Tessaro (PTB) informou que na Câmara existe um trabalho voltado à inclusão digital. “Tem turmas que se reúnem diariamente aqui, e vocês podem participar”, convidou.

Mario Fraga (PDT) comentou sobre projeto do vereador Haroldo de Souza (PMDM) que pretende criar uma secretaria específica para o idoso em Porto Alegre. “A Federação pode sugerir um projeto como Plano de Governo nas próximas eleições”. Os vereadores Sebastião Melo (PMDB), Luciano Marcantônio (PDT) e Toni Proença (PPS) também participaram da reunião.
Regina Andrade (reg. prof. 8423)
Fotos: Lívia Stumpf

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Cursos básicos e gratuitos de computador para a terceira idade

O Sinnttel (Sindicato dos Telefônicos/RS) oferece curso de Inclusão digital para a 3ª Idade, com o objetivo de atender pessoas dessa faixa que não possuem conhecimento sobre o uso do computador e seus programas.

O curso funciona em local de fácil acesso, no centro de Porto Alegre. As turmas são de oito alunos e as aulas ocorrem em turnos e horários de uma hora e meia.

Para saber todos os detalhes acesse o Blog do Projeto: terceiraidadedigital.wordpress.com

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Manifestação contra a opressão






















Dentro da proposta em defesa de um mundo com melhor qualidade de vida para todos, a Federação Riograndense da Terceira Idade se integra à luta contra toda forma de discriminação.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fritid organiza seminário interno

A Federação Riograndense da Terceira Idade realizará o primeiro Seminário Interno da entidade, denominado pela Comissão Organizadora de:Caminhos e Desafios da Terceira Idade será realizado no dia 13 de agosto, e o local do evento será confirmado em breve.

O seminário é composto de tres palestras com os seguintes temas:

A Idiotização dos Idosos,por Carlos Nevado

Perspectivas Sócio-educativas com a Terceira Idade,por Liana Borges

A questão política da Terceira Idade,pelo *Senador Paulo Paim

* A participação do Senador está sujeita à conformação.


Um mundo melhor é possível para a Terceira Idade

terça-feira, 3 de maio de 2011

A história das Coisas

Este vídeo mostra os problemas sociais e ambientais criados como consequência do nosso hábito consumista, apresenta os problemas deste sistema e mostra como podemos revertê-lo, porque não foi sempre assim.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Repensar o lugar dos idosos e implantar nova cultura de envelhecimento

Por Fábio de CastroAgência FAPESP –


O envelhecimento e a urbanização são tendências demográficas importantes no século 21. A população urbana, que já corresponde à metade da humanidade, dobrará até 2050, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Por outro lado, se hoje existem cerca de 600 milhões de pessoas com mais de 60 anos, em 2050 a população nessa faixa etária será de quase 2 bilhões. A consequência disso é que a sociedade precisará repensar o lugar dos idosos nas cidades e implantar uma nova cultura do envelhecimento.


Essa é uma das principais conclusões dos especialistas que participaram, no dia 29 de março, em São Paulo, da mesa-redonda "Aspectos urbanos e habitacionais em uma sociedade que envelhece".O evento integrou a programação do ciclo "Idosos no Brasil: Estado da Arte e Desafios", promovido pelo Institutos de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), pelo Grupo Mais-Hospital Premier e pela Oboré Projetos Especiais de Comunicação e Artes.Coordenada por David Braga Jr., do Grupo Modelo de Atenção Integral à Saúde (Mais), a mesa-redonda – a terceira do ciclo – teve a participação de Alexandre Kalache, da Academia de Medicina de Nova York (Estados Unidos), e de Guita Grin Debert, professora do Departamento de Antropologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


De acordo com Kalache, carioca que dirigiu por 13 anos o Programa Global de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados da ONU mostram que a população mundial crescerá cerca de 50% (para 9 bilhões) até 2050. No mesmo período, a população acima de 60 anos terá aumentado 350%, sendo que a maior parte desse aumento ocorrerá nos países em desenvolvimento, cada vez mais urbanizados.Essa perspectiva de futuro, segundo ele, deverá ser compreendida pela sociedade, que precisará desenvolver com urgência uma “cultura do envelhecimento” – o que inclui mudanças nas cidades e no comportamento ao longo da vida.


“É importante destacar que 2050 não é uma data distante. Os idosos de quem estamos falando são as pessoas que hoje já são adultas, que podem ter 20 ou 40 anos. Por isso, é fundamental personalizar a mensagem”, disse à Agência FAPESP. Com os avanços da medicina e da própria sociedade urbana, a parcela da vida que um indivíduo passa na condição de idoso será cada vez maior, apontou o especialista.


Com essa tendência, já ocorre uma mudança de paradigmas em relação ao que significa envelhecer. “A ideia da vovó fazendo tricô e do vovô de pijama, lendo jornal, é um estereótipo do envelhecimento que não nos serve mais”, disse. Segundo Kalache, quando o prussiano Otto Von Bismarck implementou pela primeira vez a aposentadoria, no século 19, a expectativa de vida na Alemanha era de 45 anos e os idosos tinham muito menos acesso à saúde. Se continuassem trabalhando, teriam produtividade baixíssima e criariam muitas dificuldades no ambiente de trabalho.“Era plausível dar um dinheirinho para que o idoso ficasse em casa pelos poucos anos que lhe restavam. É óbvio que isso não pode dar certo nas condições atuais, muito menos nas condições que teremos até 2050. É preciso que os jovens reinventem seu planejamento de vida”, afirmou.


No modelo convencional, a primeira etapa da vida era dedicada ao aprendizado, enquanto a segunda etapa era voltada para a produção e a aplicação do aprendizado no trabalho. A etapa final seria dedicada ao descanso e ao ócio.“Não podemos mais pensar assim. A expectativa de vida é cada vez mais longa e as pessoas serão idosas por um período cada vez maior de suas vidas. Elas terão condições de produzir até uma idade bem mais avançada.


Por outro lado, a pessoa não pode mais parar de adquirir conhecimento aos 25 anos de idade, pois o aprendizado fica obsoleto cada vez mais cedo”, disse.Se a produção e o trabalho serão uma realidade cada vez mais presente na velhice, em contrapartida a aquisição de conhecimento não poderá mais ficar confinada apenas às primeiras décadas. “É do interesse da sociedade que a pessoa mantenha o aprendizado e que produza ao longo de toda a vida. As pessoas terão oportunidades – que a sociedade vai precisar oferecer – para se reciclar, estudar e se reavaliar”, afirmou.


De acordo com Kalache, a capacidade funcional dos indivíduos será preservada, cada vez mais, para além dos 65 anos. Com isso, espera-se que a aposentadoria compulsória possa ser revista. “Isso é saudável, porque o passado idealizado do idílio do pijama e do tricô é algo que talvez nunca tenha existido. Na maior parte dos casos, sob esse estereótipo se escondia um idoso sem autonomia, sofrendo abusos e deprimido”, disse.


O envelhecimento e a urbanização, segundo Kalache, são as duas principais tendências demográficas do século 21. O Brasil, segundo ele, é um modelo adequado para se observar essa realidade.“Somos um país emergente já urbanizado, que envelhecerá mais do que qualquer outro. Mas temos que fazer nossa própria discussão sobre o envelhecimento. Os modelos do Japão, da Dinamarca ou da França não nos interessam. Esses países enriqueceram primeiro, depois envelheceram. Não teremos essa oportunidade. Se imitarmos esses modelos, vamos apenas perpetuar a desigualdade”, disse.


No Brasil, segundo Kalache, a população de mais de 60 anos passou de 8% para 12% nos últimos 30 anos. Na França, foram necessários 115 anos para que a proporção de idosos passasse de 7% para 14%.“Por outro lado, a concentração urbana também foi vertiginosa no Brasil. Um terço da população vivia em cidades em 1945 e hoje essa proporção passou para 87%. Vamos precisar mudar a realidade do idoso no contexto urbano – e para isso é fundamental ouvi-lo e fazê-lo contar como é a experiência de ser idoso na cidade”, afirmou.


Kalache foi responsável pela publicação, em 2007, do Guia da OMS das Cidades Amigas dos Idosos, produzido com base em pesquisas em 35 cidades em todo o mundo, fundamentadas em entrevistas com grupos focais de idosos durante seis meses.Uma das experiências do programa foi feita no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde Kalache nasceu. Em 33 anos na Europa, o pesquisador fundou o Departamento de Epidemiologia do Envelhecimento da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido. Hoje, trabalha na criação de um Centro Internacional de Políticas para o Envelhecimento.

Questão pública - Guita Debert, que integra a coordenação da área de Ciências Humanas e Sociais da FAPESP e coordena o Núcleo de Estudos de Gênero Pagu da Unicamp, destacou que trabalhar com a velhice representa um enorme desafio, já que a questão passou por muitas modificações recentes.Um dos principais panos de fundo dessa mudança é que a velhice, que historicamente dizia respeito à esfera privada, vem se tornando cada vez mais uma questão pública.“A velhice passou a fazer parte da geografia social, por assim dizer. À medida que a gerontologia se consolidou como saber específico, criado para identificar necessidades do idoso, ela se tornou um ator político e também um agente do mercado de consumo”, afirmou.


Inicialmente focada na ideia do idoso como um indivíduo que perde os papéis que tem na sociedade, a gerontologia passou a mudar seu enfoque a partir da década de 1980.“Em vez de um momento de perdas, a velhice passou a ser considerada um momento de lazer, de novas experiências e projetos. A velhice foi deixando de ter o sentido de uma perda do papel na sociedade e se tornou o momento de direito ao não-trabalho, na qual o lazer se torna central.”


Segundo Guita, o Brasil adquiriu know-how e sofisticação nas opções de lazer e atividades para os idosos. Mas isso se limita aos “jovens idosos”, isto é, aquela parcela que preserva sua autonomia funcional. “Há um grande contraste. Para os idosos que têm a autonomia funcional comprometida, estamos em estágio precário, não oferecemos nada”, afirmou.Para integrar o idoso à cidade, segundo a pesquisadora, não basta levar em conta apenas a diversidade de poder aquisitivo, raça e local de moradia, entre outros fatores. É necessário também pensar nas diferenças de autonomia e capacidade.“É preciso avaliar sobretudo as diferenças de custos de políticas públicas para os idosos ‘jovens’ e para os outros. É hipocrisia dizer que existe uma política para idosos, se ela só está beneficiando justamente a parcela que tem menos dificuldades.

São boas iniciativas, mas têm foco apenas em uma parcela privilegiada dos idosos”, disse.


A antropóloga destacou também que as mudanças ocorridas no espaço urbano recentemente podem permitir um aprimoramento da autonomia do idoso. “Devemos fugir da confusão entre morar só e estar submetido à solidão. Principalmente porque hoje é possível operar com a ideia da intimidade a distância, viabilizada pelos meios de comunicação, sobretudo eletrônicos. E isso pode ocorrer até mesmo fora das relações familiares.”Segundo ela, a gerontologia ainda valoriza profundamente a ideia de manter o idoso junto à família, fechado no universo privado. “É importante rever essa ideia, quando pensamos na cidade que acolhe o idoso”, afirmou.


Estudos realizados em ciências sociais, em especial na antropologia, mostram que se tinha pouca informação sobre a vida do idoso há 100 ou 200 anos, segundo Guita. Ainda assim, é provável, segundo ela, que a vida no seio da família tenha sido a preferência do idoso apenas quando ele não tinha a opção de ser autônomo. A antropóloga sugeriu também que seja repensada a oposição entre integração e segregação. Segundo ela, os trabalhos sobre envelhecimento não confirmam a ideia de que a integração com sociedade multigeracional garante o bem-estar do idoso.“Muitas vezes, nos ambientes onde todos são idosos, a velhice deixa de ser uma marca identitária e a satisfação passa a ser maior. Há uma busca de independência e de estar entre os iguais, de forma similar aos adolescentes. É importante não ter uma visão binária de segregação e integração”, afirmou.A preservação da vida na comunidade é outra ideia predominante no senso comum, segundo Guita.

Para preservar a qualidade de vida do idoso, nessa concepção, o indivíduo deveria permanecer sempre na mesma casa, ou bairro.“Mas isso nem sempre é verdade, porque a dinâmica urbana é muito intensa. Os bairros podem passar por rápidos processos de degradação. Ou podem passar por um súbito enriquecimento, fazendo com que os antigos moradores desapareçam. Nesses casos, as perdas da coletividade estão muito presentes. A ideia de que a comunidade é sempre boa e deve permanecer deve ser revista”, disse.


A pesquisadora destacou também a importância de se dar voz aos idosos. “Essa já é uma ideia muito presente, mas é preciso valorizar a pluralidade de vozes. Não se pode ouvir representantes, mas os protagonistas, em toda sua diversidade. É preciso que haja vozes dissonantes”, disse.Guita criticou ainda as políticas públicas brasileiras em relação ao novo papel assumido pela família quanto à responsabilidade pelo idoso. “Há uma hipocrisia nas políticas de distribuição de renda que têm enfoque familiar. Elas concentram as responsabilidades na família e, em especial nas mulheres, que acabam assumindo essas obrigações”, afirmou

sábado, 26 de março de 2011



7° FESTIVAL DE VERÃO DO RS DE CINEMA INTERNACIONAL

O CineBancários recebe, de 25 a 30 de março, a programação do 7º Festival de Verão do RS de Cinema Internacional. Já consagrado como um dos maiores festivais do Estado, o público poderá ver nesta edição de 2011 filmes de diretores consagrados e estreantes oriundos de diversas partes do mundo. Ingressos a R$ 5 para o público em geral e R$ 2,50 para estudante, idosos, bancários e jornalistas sindicalizados e funcionários do GHC.

Confira toda a programação clicando aqui

Fonte:SindBancários de Porto Alegre

quarta-feira, 23 de março de 2011

População de idosos cresce no Brasil

Políticas para o idoso no Brasil

Até 2025, o Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de pessoas idosas. Pelo menos segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Daí o alerta ao governo brasileiro para a necessidade de se criar, o mais rápido possível, políticas sociais que preparem a sociedade para essa realidade.

Ainda é grande a desinformação sobre o idoso e sobre as particularidades do envelhecimento em nosso contexto social. O envelhecimento, na verdade, quase nunca foi estudado em nosso país. Poucas escolas criaram cursos para auxiliar as pessoas mais velhas. Uma prova disso é que até pouco tempo atrás, o médico que quisesse se especializar em geriatria precisava estudar na Europa.

A Constituição de 1988, no entanto, deixou clara a preocupação e atenção que deve ser dispensada ao assunto, quando colocou em seu texto a questão do idoso. Foi o pontapé inicial para a definição da Política Nacional do Idoso, que traçou os direitos desse público e as linhas de ação setorial.

Depois da criação dessa Política, através da Lei 8.842, em 4 de janeiro de 1994, é que as instituições de ensino superior passaram a se adaptar, a fim de atender a determinação da Lei, que prevê a existência de cursos de Geriatria e Gerontologia Social nas Faculdades de Medicina no Brasil.

Um destaque no país no auxílio à terceira idade é Brasília. Foi a primeira localidade a criar uma Subsecretaria para Assuntos do Idoso, além de instituir o Estatuto do Idoso, regido por princípios que registram o direito das pessoas mais velhas a uma ocupação e trabalho, como ainda acesso a cultura, justiça, saúde e a sexualidade, além, é claro, de poder participar da família e da comunidade.

*Fonte IBGE
** Clique na guia blog onde está escrito projeto para ver resumo sobre Política Nacional e Estatuto do Idoso

segunda-feira, 21 de março de 2011

Infantilização e estigmas da velhice

A infatilização da população idosa, incentivada pela mídia, sociedade e governo, é mais um dos estigmas desse segmento que deve ser erradicada.

Na mídia, as pessoas mais velhas quando ocupam papéis televisivos, aparecem de forma quase caricatural, com encenações de "caduquice"; em novelas são colocados quase sempre à margem da trama, apenas como figurantes.

Nos programas públicos do governo os projetos ainda enfatizam bailões,lazer e concursos de beleza e viagens como o melhor para esse segmento.Tais programas não consideram outras reais necessidade como a atenção à saúde,renda, educação, habitação.

Durante o 17° Congresso de Geriatria e Gerontologia, que aconteceu em 2010, em Belo Horizonte, os participantes defenderam o fim da infantilização e estigmatização da
terceira idade, prática que minimiza as verdadeiras necessidades dessa população.

A constatação da condição de discriminação,do isolamento da sociedade para com o idoso e da forma de encarar a velhice como decadência, doença e peso social, remete à urgência de rever essa cegueira política em relação a esta fase da vida.

A criação de novos conceitos e a importância de engajar o idoso através de sua sabedoria demanda uma amplo debate com a sociedade, mas principalmente sua conscientização de sua ampla responsabilidade pelo seu próprio envelhecimento, da importância de lutarem por um espaço nesta sociedade, onde a valorização está no avanço tecnológico e no jovem.

O estado precisa rever urgentemente a sua postura com esses ex-jovens participativos na engrenagem social.Para esse a velhice ainda é associada à decadência, ás doenças e às filas no INSS. É necessário mudanças estruturais na política governamental tanto no que diz respeito à assistência médica quanto na previdência. Também haverá necessidade de novos conceitos quanto à velhice, pois só esses ancorados na moderna ciência do envelhecimento ajudarão a construir condições sócio-culturais favoráveis a uma boa velhice.

Felizmente, já é possível identificar um movimento expressivo e crescente dos própios idosos, que não aceitam esta relação de total abandono e consequentemente não a contemplam passivamente. Com mais energia e disposição participam de pequenos grupos, de entidades como a Fritid, da comunidade, levando à sociedade a rever conceitos equivocados como a infantilização das pessoas idosas.