O Seminário, "Sem medo do computador,rompendo barreiras na terceira idade", mobilizou a participação das pessoas idosas, de representantes da área de política do idoso dos governos estadual e municipal e do público em geral. O evento, organizado pela Fritid, aconteceu no auditório do Sindicato dos Servidores Federais no RS (Sindiserf/RS), em Porto Alegre, no dia 30 de agosto. Ao chamar as pessoas, a intenção foi discutir o tema visando obter subsídios para estruturar um projeto de informática para melhor atender as expectativas das pessoas da terceira idade e facilitar-lhes o acesso à linguagem tecnológica e à autonomia para explorar os recursos disponíveis no computador.
O palestrante Sérgio Antonio Carlos, professor da Ufrgs, com larga experiência em estudos que abordam padrões discriminativos a respeito do envelhecimento na sociedade, abordou o tema "A intolerância e o envelhecimento" e estimulou uma reflexão sobre a cultura da tolerância e como esta pode permear as relações e ser o caminho para mudanças nas relações entre os indivíduos. Como já se percebe hoje numa nova forma de dialogar com idosos e destes também se colocarem para garantir sua inserção ssocial, seja por exemplo, percebendo que o acesso a informática pode ter papel preponderante nesse processo.
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A intolerância: pintando o outro para ficar igual a mim sem ver o que ele é. |
A intolerância está na sociedade em atitudes de não aceitação do outro com suas diferenças, ao estimular o preconceito e a resistência às liberdades individual e coletiva. Entretanto, podemos mudar esse comportamento ao se aprender a tolerar o outro, o diferente é o único jeito de mudar isso dentro de nós, pois é como podemos perceber o quanto somos semelhantes enquanto homens e mulheres, não podemos viver sozinhos e precisamos do outro para dar sentido ao que fazemos.
Não basta tolerar, diz o Professor Sergio, “deve ser ponto de partida, pois para cessar diferenças precisa também ser um patamar de mudanças, e cita o pensamento do educador Bacha Filho, que ressalta a educação e indica três pontos essenciais para se aprender a erradicar valores e conceitos discriminatórios: incentivar o diálogo, a pureza das intenções e a paciência. magem - sobre intolerância.
Diálogo
A mesma visão do papel da educação para a tolerância, está na Declaração de Princípios da Tolerância, da Unesco, que aponta também como um caminho para as pessoas aprenderem a ter atitudes contrárias à exclusão do outro, e o Professor mostra também que está nas palavras do secretário geral da ONU no Dia Internacional da Tolerância, em 2010:: "Ela deve ser ensinada, incentivada, transmitida. A educação dentro e fora da sala de aula é imprescindível para combater o ódio, a discriminação,
Após o debate da cultura da tolerância como patamar para transformar preconceitos e discriminações nas relações sociais, o palestrante mostrou estereótipos criados em relação às pessoas que chegam na terceira idade, são padrões discriminatórios como o que vê velhice comoante sala da morte. “Um equívoco, pois em termos absolutos morrem muito mais pessoas de outras idades do que os idosos.” È óbvio que os idosos morrem, mas nossa esperança é que seja depois dos 100 anos”, ele brinca e continua ”mas é defasada a visão de se fazer nada voltado ao idoso, de que é preciso investir nas crianças, futuro do Brasil, pois o idoso já deu”.
Atualmente muitas alternativas contrapõem essa forma preconceituosa do envelhecimento: ”Só no Rio Grande do Sul, afirma o Professor, praticamente todas as universidades e instituições de ensino superior realizam trabalho voltado para o idoso. Tem espaço prá todo mundo.”
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