Defensor dos Direitos Humanos será nome de praça em Porto Alegre Na foto: Diplomata sueco, Gustav Harald Edelstam |
O encontro teve a participação de um dos brasileiros salvos da ditadura chilena na mobilização liderada pelo embaixador sueco. Então sindicalista, o gaúcho Dirceu Luiz Messias, 72 anos, deixou o Brasil no início da década de 70 fugindo da ditadura brasileira. Vivendo no Chile, foi preso e torturado após o golpe militar liderado por Augusto Pinochet. “Quando saí do Chile de avião redescobri o que era liberdade”, manifestou Messias, que foi para a Europa antes de retornar a Porto Alegre, onde mora atualmente. Conforme o prefeito, a Capital marcará o reconhecimento em uma praça, que simboliza a vida na cidade. “Edelstam tem uma contribuição fantástica em períodos difíceis da história.
Na reunião, o representante da Uita formalizou o agradecimento à iniciativa da homenagem, entregando ao prefeito uma placa com documento aprovado no congresso internacional da entidade, realizado em Genebra, assinado em parceria com o Movimento de Justiça e Direitos Humanos. “Edelstam era uma figura extraordinária.
O reconhecimento em Porto Alegre se soma aos tributos existentes no Chile, exaltando uma figura notável pela autoridade e respeito que conseguia impor”, avaliou Iglesias. Em 2013 é comemorado o centenário do nascimento do diplomata, como destacou o presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos. “Esse contexto de homenagens no ano do centenário colabora para resgatar a memória desse humanista que salvou vidas de judeus na Segunda Guerra e de brasileiros, uruguaios e chilenos na ditadura”, enfatizou
Krischke. Harald Edelstam – Nascido em Estocolmo em 1913 e falecido em 1989, o diplomata Edelstam é reconhecido pelo trabalho na defesa dos direitos humanos. Atuou durante a Segunda Guerra Mundial na Noruega ocupada pelos nazistas, trabalhando pelo salvamento de vidas de centenas de judeus e membros da resistência norueguesa. Nomeado embaixador da Suécia em Santiago do Chile em 1972, dedicou-se a proteger refugiados da perseguição durante o golpe militar liderado por Augusto Pinochet em 1973, salvando vidas de chilenos, brasileiros e uruguaios. A trajetória de Edelstam no Chile foi registrada no filme El clavel Negro. /pracas Texto de: Carolina Seeger Edição de: Caren Mello Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada. Versão para impressão Enviar por e-mail Compartilhar no Facebook Divulgar no Orkut
Fonte: Prefeitura Municipal de Porto :Alegre
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